Hoje.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Hoje tudo me parece diferente. Tudo me parece mais brilhante, com mais cor e calor, numa noite fria e escura.  Caminho para casa com um frio lancinante que me bate na cara, mas o qual não sinto.  Faço questão de tirar as mãos dos bolsos para sentir o vento que passa, e que para mim é uma suave brisa, que me acaricia a pele como aquelas no final de uma tarde de Verão. Hoje pela primeira vez, não oiço musica.  Não preciso dela para marcar o ritmo. Hoje o ritmo é feito pela minha alma, que canta dançando, e ninguém vê. Os meus olhos perscrutam o céu negro, com esperança de encontrar algo que brilhe tanto como o teu olhar, algo que me encha tanto a alma como o teu sorriso. Hoje , até o reflexo da lua cheia no rio me parece diferente. É como se as luzes humanas e as luzes divinais se misturassem numa dança sem fim, numa harmonia quase abismal, tudo compassado pela minha alma. Fiquei triste, por não poder partilhar esta imagem apenas alcançável pelos meus olhos. Queria poder dizer-te que o palco da vida está preparado para nos receber, receber-nos como um “nós”. Hoje, esta paisagem tão habitual para mim, encheu-me de vida, e eu enchi-me de memórias de ti. Hoje apaixonei-me mais um bocadinho pela existência, mais um bocadinho por ti. Respiro fundo e só desejo inspirar a tua essência. Hoje, desejo adormecer embalada em pensamentos de ti.

Phi

Mensagem "Anti-Natalina"

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Não, desculpem, mas não me apetece deixar uma mensagem natalícia, nem se quer desejar Bom Natal. Aliás, só desejei bom natal a quem me desejou a mim também, e só o fiz para parecer simpática, ou melhor, não parecer tão má pessoa. Para dizer a verdade, acho esta época uma auténtica hipocrisia, uma época de intenso consumo. As pessoas costumam entrar em contacto com outras a quem não falam durante um ano inteiro... e para quê ? Não era melhor não haver natal ? Ao menos as pessoas não ficavam o ano todo a pensar: Ah e tal já não falo com aquela pessoa há tanto tempo...no natal ligo-lhe, e talvez até lhe mande um presentinho. Claro. Como se 5 minutos e um objecto pudessem compensar os 365 dias do ano em que aquela pessoa foi completamente ignorada na sua vida. 
No natal os sem-abrigo recebem uma refeição melhor que o normal. Que diferença faz ? Estas pessoas não precisam de mais roupa, nem de comida quente. Estas pessoas anseiam por uma oportunidade simplesmente. Uma mão que se estenda e as ajude a levantar, e não a sobrecarrega-las com mais objectos, mais caridade momentânea. Família que é Família, está junta quando é realmente necessário, e não porque alguém decidiu que haveria um dia do ano em que isso se tornaria quase obrigatório.
Até as crianças são quase pressionadas a escolher algo no natal. Puro consumo. Umas que mal vêem os pais no dia-a-dia, recebem tudo aquilo que pedem. E com isto aprendem que o amor tem a forma daquilo que desejam. Pode ter 4 rodas, cabelo loiro, um teclado, enfim, tudo o que os meninos quiserem.
Sinceramente, mas muito sinceramente, não percebo como é que este espírito ainda consome tanta gente. O número de ateus e agnósticos no mundo cresce, no entanto este espirito não parece ser abalado... Lembrem-me lá, não é o 25 de Dezembro um feriado religioso ?
Tenho a minha familia comigo, e mantenho os verdadeiros amigos na minha vida, e como ? Não, não é enviando uma mensagem de boas festas no natal, nem se quer dando uma lembrança... É encontrar-me com eles, e manter uma boa conversa... Rir, chorar, estar lá quando precisam e quando não precisam. É lembrar-lhes regularmente o quão importantes são para mim.
Talvez a intenção de "criar" um dia chamado "Natal" até nem fosse má. Mas a verdade é que em pleno século XXI, o Natal serve apenas para tentar encobrir o desprezo que tem vindo a aumentar, pelas relações humanas. E afinal, mais um feriado, sendo ele religioso ou não, vem sempre a calhar não é verdade ? =)  

Amor não é amor

segunda-feira, 2 de novembro de 2009
De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.

Se isso é falso, e que é falso alguém provou,

Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.


William Shakespeare


Pois é, e agora  pergunto-me porque fui eu escolher um poema destes para por no blog. É que nem eu sei bem responder a essa pergunta. Talvez derive do facto de que hoje o meu coração parece ter parado durante uns segundos. Senti um nó no estomâgo e a voz faltou-me. Respirei fundo e não não, não estava a ter um AVC. Deixei que o meu lado racional pousasse durante uns segundos, e o meu ser foi de encontro a alguém. Alguém que me toca mais do que aquilo que era suposto. Não, não me quero apaixonar, não quero lutar, não quero pensar sequer. Só que me apanhou naquele momento. Não posso, simplesmente não posso. Só espero que este sentimento não me desfaça o espirito ao longo do tempo. Preciso de ser mais forte que isto. Não posso, simpesmente não posso.


Saphira está de volta

Primeiro devo pedir desculpa por ter dito que iria voltar a publicar depois de vir de férias, e não o fiz. Na verdade, um dia depois de ter chegado, voltei a ir de férias. Telefonaram-me a dizer que tinha avião dali a 4 horas, estava eu no centro de Lisboa e ainda com as malas por desfazer e fazer. Pus roupa molhada e tudo dentro na mala, mas o importante é que não perdi o avião, e voei até à ilha que representa a minha infância. A Madeira, é de facto um sítio misterioso, que em cada canto guarda uma memória dos tempos passados. Adoro o clima inesperado de todos os dias, a despreoucupação das pessoas, a sua simpatia e altruísmo.
Este verão tive sem dúvida das melhors férias da minha vida. Experienciei novas coisas, novas situações, conheci novas pessoas, aprofundei um pouco mais o conhecimento de mim mesma, conheci novos lugares, senti novas emoções, enfim.
Durante esses dias, escrevi algumas coisas nos momentos mais intensos que vivi. Era minha intenção publica-los na altura mas entretanto o tempo foi passando. Nos próximos dias tentarei faze-lo. E o acontecimento mais marcante destes ultimos tempos, foi a minha entrada na faculdade. Em primeira opção, um lugar que vos garanto nunca pensar entrar. Mas a verdade é que às vezes não perdemos nada em tentar, e eu só ganhei: Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica da Faculdade de Ciências, na Universidade de Lisboa.

Voltei a escrever porque tenho sentido ultimamente uma enorme necessidade de o fazer. Não sei se para fugir a uma rotina cansativa, ou de um nova vida cheia de imprevistos, se para exprimir novas emoções que me inquietam o espírito. Mais uma vez este blog servirá como diário, ou melhor, um registo dos meus dias (porque não será diário). Os textos que publicarei provavelmente não terão uma ordem cronológica correcta, mas não penso que isso seja importante.

Um agradecimento às pessoas que me continuaram a seguir, e a todas as outras que por aqui passaram com expectativas de novidades.

Até à vista.
Phi

Diário de bordo fotográfico

domingo, 30 de agosto de 2009

É a tal coisa... as imagens valem mais do que milpalavras =D



























Regresso

Voltei ! Afinal não consigo passar sem escrever, e para não gastar papel, escrevo no blog LOOL (grande desculpa XD ).

Esta pausa fez-me muito bem ! Venho com as energias renovadas =D


Nos próximos posts farei um pequeno "apanhado" daquilo que foram os ultimos dias =)

Vim com muita, mas muita inspiração para novos textos... =P

Ah, e cumpri algumas das tarefas da lista YEAH =D Se soubesse, tinha sido muito mais radical a escolher os objectivos XP

Hasta la vista !

quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Bem, é já amanhã...


É algo bastante importante para mim, por diversos motivos...


Irei para bem longe de tudo o que tem sido a minha vida até agora. Espero apagar tudo o que me vai na mente enquanto permanecer lá.


À medida que o tempo vai passando, as coisas que me assolam o pensamento, vão deixando de ter um carácter geral, ou seja, não penso na minha vida como um todo, mas em partes. Mas dedico cada vez menos tempo a esses pensamentos, e consigo estar presente a maior parte das vezes. No entanto, ultimamente esses pensamentos concentram-se em pormenores, o que se torna extremamente doloroso. Lembrar certas palavras, gestos, sentimentos, expressões é de facto mau. Mas acredito que, como em tudo na vida, não memorizamos todos os pormenores de acontecimentos passados, ficamos apenas com uma ideia geral daquilo que foi, daquilo que nos fez sentir. A palavra "todos" é que me preoucupa, pois significa que há alguns que ficam, só espero que não fiquem nem os melhores, nem os piores.




Bem, quero agradecer a todos os leitores que já passaram por este blog.


Não sei se voltarei, de qualquer maneira foi uma experiência bastante enrequecidora para mim.






Obrigada ! Vivam ! =D