Amor não é amor

segunda-feira, 2 de novembro de 2009
De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.

Se isso é falso, e que é falso alguém provou,

Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.


William Shakespeare


Pois é, e agora  pergunto-me porque fui eu escolher um poema destes para por no blog. É que nem eu sei bem responder a essa pergunta. Talvez derive do facto de que hoje o meu coração parece ter parado durante uns segundos. Senti um nó no estomâgo e a voz faltou-me. Respirei fundo e não não, não estava a ter um AVC. Deixei que o meu lado racional pousasse durante uns segundos, e o meu ser foi de encontro a alguém. Alguém que me toca mais do que aquilo que era suposto. Não, não me quero apaixonar, não quero lutar, não quero pensar sequer. Só que me apanhou naquele momento. Não posso, simplesmente não posso. Só espero que este sentimento não me desfaça o espirito ao longo do tempo. Preciso de ser mais forte que isto. Não posso, simpesmente não posso.


Saphira está de volta

Primeiro devo pedir desculpa por ter dito que iria voltar a publicar depois de vir de férias, e não o fiz. Na verdade, um dia depois de ter chegado, voltei a ir de férias. Telefonaram-me a dizer que tinha avião dali a 4 horas, estava eu no centro de Lisboa e ainda com as malas por desfazer e fazer. Pus roupa molhada e tudo dentro na mala, mas o importante é que não perdi o avião, e voei até à ilha que representa a minha infância. A Madeira, é de facto um sítio misterioso, que em cada canto guarda uma memória dos tempos passados. Adoro o clima inesperado de todos os dias, a despreoucupação das pessoas, a sua simpatia e altruísmo.
Este verão tive sem dúvida das melhors férias da minha vida. Experienciei novas coisas, novas situações, conheci novas pessoas, aprofundei um pouco mais o conhecimento de mim mesma, conheci novos lugares, senti novas emoções, enfim.
Durante esses dias, escrevi algumas coisas nos momentos mais intensos que vivi. Era minha intenção publica-los na altura mas entretanto o tempo foi passando. Nos próximos dias tentarei faze-lo. E o acontecimento mais marcante destes ultimos tempos, foi a minha entrada na faculdade. Em primeira opção, um lugar que vos garanto nunca pensar entrar. Mas a verdade é que às vezes não perdemos nada em tentar, e eu só ganhei: Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica da Faculdade de Ciências, na Universidade de Lisboa.

Voltei a escrever porque tenho sentido ultimamente uma enorme necessidade de o fazer. Não sei se para fugir a uma rotina cansativa, ou de um nova vida cheia de imprevistos, se para exprimir novas emoções que me inquietam o espírito. Mais uma vez este blog servirá como diário, ou melhor, um registo dos meus dias (porque não será diário). Os textos que publicarei provavelmente não terão uma ordem cronológica correcta, mas não penso que isso seja importante.

Um agradecimento às pessoas que me continuaram a seguir, e a todas as outras que por aqui passaram com expectativas de novidades.

Até à vista.
Phi