Amor não é amor

segunda-feira, 2 de novembro de 2009
De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.

Se isso é falso, e que é falso alguém provou,

Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.


William Shakespeare


Pois é, e agora  pergunto-me porque fui eu escolher um poema destes para por no blog. É que nem eu sei bem responder a essa pergunta. Talvez derive do facto de que hoje o meu coração parece ter parado durante uns segundos. Senti um nó no estomâgo e a voz faltou-me. Respirei fundo e não não, não estava a ter um AVC. Deixei que o meu lado racional pousasse durante uns segundos, e o meu ser foi de encontro a alguém. Alguém que me toca mais do que aquilo que era suposto. Não, não me quero apaixonar, não quero lutar, não quero pensar sequer. Só que me apanhou naquele momento. Não posso, simplesmente não posso. Só espero que este sentimento não me desfaça o espirito ao longo do tempo. Preciso de ser mais forte que isto. Não posso, simpesmente não posso.


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